terça-feira, 25 de março de 2014



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 ON 24/03/2014CATEGORIAS: ALTERNATIVASCAPAPÓS-CAPITALISMO

Há 143 anos, começava insurreição que estabeleceu formas inéditas de autonomia popular. Quais foram e como podem inspirar movimentos contemporâneos
Por Antoni Aguiló | Tradução: Gabriela Leite | Imagem: Jacques TardiLe cri du peuple
Acaba de completar 143 anos (em 26 de março) a proclamação da Comuna de Paris, uma das experiências de democracia popular participativa mais iluminadoras da história contemporânea do Ocidente, mas também, e ao mesmo tempo, uma das mais trágicas que já se conheceu.
Ao final da guerra franco-prussiana, com a França derrotada, seu primeiro ministro, Adolphe Thiers, destacou a importância de desarmar imediatamente Paris para impor o armistício humilhante assinado com a Prússia. Em 18 de março de 1871, sob o pretexto de que as armas eram propriedade do Estado, Thiers ordenou ao exército a retirada dos canhões que a Guarda Nacional tinha nas colinas Montmartre. Então, uma multidão indignada de mulheres e homens da classe operária se opôs ao desarmamento, que deixaria a cidade indefesa. Uma parte das tropas enviadas pelo governo negou-se a disparar contra o povo e muitos dos soldados acabaram confraternizando com o movimento de resistência. Este levantou-se em armas contra a Assembleia Nacional, desencadeando um processo revolucionário que colocava o proletariado parisiense em choque com a grande classe dos proprietários de terras, rentistas e camponeses ricos que dominava a Assembleia francesa.
Após a tentativa fracassada de desarmamento, o gabinete de Thiers fugiu para Versalhes. Os rebeldes instituíram um governo municipal provisório que, depois das eleições de 26 de março, transformou-se na Comuna de Paris. Constituía-se, assim, uma prefeitura rebelde de forte base entre os trabalhadores. O exemplo de Paris estendeu-se por outras cidades e povoados provinciais, como Lyon e Marselha, onde proclamaram-se comunas insurgentes, rapidamente esmagadas por Versalhes.
Mais além de seus tropeços, a Comuna de Paris nos deixou um legado: os exercícios de construção de poder popular vindos de baixo mais relevantes da história recente. Que aprendizagens da Comuna, em matéria de democracia, podem contribuir para iluminar as atuais lutas por democracias reais? Em que medida essas lutas passam por uma prática política revolucionária que amplia o poder efetivo das classes populares e outros coletivos historicamente afetados pela discriminação? Ao meu juizo, como embrião de democracia revolucionária, a Comuna de Paris proporciona alguns ensinamentos chave, que abrem caminhos pouco explorados para o avanço das democracias a serviço da emancipação social:
Democracia de base: a pretensão era a criação de um Estado desde a base, formado por autogovernos municipais federados entre si, com um governo central que tivesse escassas funções de coordenação. Um Estado novo, que contribuísse para desfazer a relação entre governantes e governados e assegurar melhores condições de vida e trabalho; no qual as pessoas se sentissem reconhecidas e, portanto, dispostas a defendê-lo.
Democracia operária de inspiração socialista. Os comuneiros tinham consciência da necessidade de romper com as velhas formas de dominação política (o parlamentarismo liberal e o Estado capitalista burguês), o que os levou a experimentar formas alternativas de política e sociedade. Mesmo que a Comuna não tenha acabado com o Estado capitalista, seu grande mérito foi arrebatar completamente seu controle da burguesia, transformando-o em um organismo novo, que permitia o acesso ao poder a quem tradicionalmente havia sido apartado dele. Já não era o governo das classes elitistas dominantes, mas o das maioria populares não representadas, os operários, cuja bandeira vermelha, símbolo da fraternidade internacional dos trabalhadores, tremulava pela primeira vez na sede do Governo, o Hôtel de Ville.
Neste ponto, adquire especial relevância o componente socialista da Comuna, presente no tipo de democracia que se estabeleceu: uma democracia não meramente formal, mas substantiva, participativa, que combinava democracia representativa com democracia direta. Uma democracia que representava um processo mais além da tomada conjuntural do poder, já que aspirava substituir o aparato burguês do Estado por outro, em correspondência com os interesses da classe trabalhadora. Em outras palavras, a democracia operária da Comuna permitiu a inversão do poder, deslocando o poder político classista e elitista monopolizado por proprietários para colocar nas mãos da classe trabalhadora a capacidade efetiva de deliberar, decidir e organizar a sociedade.
A democracia da Comuna articulava-se em torno de cinco princípios: 1) Eleição por sufrágio universal de todos os funcionários públicos. 2) Limitação do salário dos membros e funcionários comunais, que não podiam exceder o salário médio de um operário qualificado, e em nenhum caso superar os 6 mil francos anuais. 3) Os representantes políticos estavam ligados umbilicalmente aos eleitores por delegação e mandato imperativo. 4) Qualquer representante podia perder a confiança dos eleitores e ser deposto de imediato; ou seja, a Comuna instituiu a revogabilidade do mandato, acabando com a perversidade de um sistema representativo liberal que, como na atualidade, permitia suplantar a vontade dos representados e promovia a profissionalização da política. A Comuna cuidou, deste modo, de fazer um uso contra-hegemônico da democracia representativa, em que os representantes obedecem — e não um sistema como o atual, em que os que mandam não obedecem, e os que obedecem não mandam. Este tipo de democracia representativa consagrava o direito popular a pedir contas, exigir responsabilidades e controlar os representantes, o que representou um duro golpe à (hoje tão em voga…) compreensão parasitária da política, vista como um trampolim para obter privilégios, fazer carreira profissional e esquecer-se do eleitorado. 5) Transferência de tarefas do Estados aos trabalhadores organizados, como a promoção da autogestão operária mediante a socialização das fábricas abandonadas pelos patrões.
Novas medidas emancipadoras. As iniciativas para socializar o poder político não foram as únicas. Também foram acompanhadas de medidas atrevidas de caráter social, entre as quais cabe destacar a separação entre Igreja e Estado, garantindo o caráter laico, obrigatório e gratuito da educação pública; a expropriação dos bens das igrejas; a supressão do serviço militar obrigatório; a aprovação de uma moratória sobre as rendas de habitação, que abolia as leis anteriores nesta matéria, confiscava as residências vazias e cancelava as dívidas por aluguel, pondo a moradia a serviço das necessidades sociais e ao bem estar geral; a supressão do trabalho noturno das padarias e a proibição da prática patronal de multar os empregados, uma estratégia habitual para reduzir seus salários.
Contudo, a burguesia francesa não permitiu que o novo sistema político prosperasse. Com a colaboração das tropas prussianas que cercavam Paris, o governo de Versalhes enviou mais de 130 mil soldados que, em 28 e maio de 1871, depois de 72 dias intensos e fugazes de autogoverno popular, aniquilaram a Comuna. Estima-se que na batalha tenham morrido mais de 20 mil parisienses, e que uns 43 mil combatentes tenham sido capturados; 13 mil condenados à prisão, 7 mil deles deportados para a Nova Caledônia.
A Comuna de Paris representa não apenas a última das grandes revoluções populares do século XIX, mas também o primeiro dos democraticídios da era moderna, algo mencionado apenas de passagem na história “oficial” da democracia. Lamentavelmente, hoje também são tempos de democraticídio, de extermínio de saberes e práticas democráticas. O capitalismo fulminou a democracia representativa em boa parte da Europa, onde os Parlamentos e as eleições tornaram-se praticamente dispensáveis. Mas também são, entre outras coisas, tempos de experimentalismo político, de rachaduras no poder constituído, de protestos populares, de organização coletiva e de lutas por um poder popular constituinte. Como nos recorda a Comuna de Paris, ele nasce nas ruas, como exigência de mudança das velhas estruturas políticas e econômicas que oprimem a gente e restringem a construção de outras democracias possíveis.
Xinguara supera metas assistenciais do governo federal (no Programa Bolsa Família)
Graças às ações realizadas pela Prefeitura de Xinguara, o município superou o índice exigido pelo governo federal de acompanhamento das famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família. Atualmente o município conta no Cadastro Único com 8.568 famílias, desse total no município 3.776 são beneficiárias do programa.
De acordo com o levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Assistência Social (SEAS), Xinguara teve metas alcançadas na cobertura do programa no que se refere à saúde, educação e assistência social. “Isso demonstra que o programa está atingindo seus objetivos. A prefeitura garante o acompanhamento da saúde, educação e assistência social e o resultado é a melhoria da qualidade de vida e uma atenção melhor às famílias”, afirmou o prefeito Osvaldinho Assunção.
 Os dados da SEAS apontam que na segunda vigência de 2012 o município possuía uma taxa de cobertura de 59,48% no que se refere à saúde, já no mesmo período em 2013 esse índice chegou a 82,20%, sendo que a taxa mínima exigida pelo governo federal de cobertura na saúde é de 80%.“Nós nos sentimos honrados em superar a meta, esse resultado é reflexo do trabalho sério e voltado para o povo que a gestão vem realizando” disse Alessandro Arraes, secretário de saúde.
Já na educação o crescimento foi ainda maior, saltou de 75% em 2012 para 85% em 2013, superando a meta de 75% do governo federal. O resultado é reflexodas ações da secretaria de educação que proporcionaram um aumento expressivo na frequência escolar. ”Com os investimentos realizados pela Prefeitura, como novas carteiras, climatização de salas, merenda escolar de qualidade estamos conseguindo reduzir a evasão escolar e superar a meta” avaliou Vilmones da Silva, secretário de educação.
Já na assistência social a taxa de atualização cadastral alcançada é de 70% das famílias inseridas no Cadastro Único, um número expressivo. Ao todo o governo federal repassa em benefício a essas famílias um valor de R$ 578.456, que contribui também para aquecer o mercado local.
“Os excelentes resultados se dão devido o trabalho de parceria, assim como nosso comprometimento de ofertar as famílias de Xinguara uma qualidade de vida melhor por meio de ações que garantem os direitos dos cidadãos” afirmou Fátima Assunção, secretária de assistência social.

De acordo com a coordenadora do programa, para atingir os 30% que estão faltando a secretaria irá realizar ações junto as famílias. “Nós iremos realizar visitas na zona rural e urbana, para que as famílias que atendem os critérios do programa e ainda não foram inseridas venham a ser beneficiadas” disse Richerlene Ciceri. -Mayrla Lima.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Xinguara se consolida como Pólo de Capacitação do TCM - PA

Com o intuito de aperfeiçoar a dinâmica das atividades, assim como oferecer aos servidores a oportunidade de capacitação , Xinguara sediou entreos dias 20 e 22 mais uma vez cursos de capacitação para servidores, promovido pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA) em parceria com a Prefeitura de Xinguara e Universidade Federal do Pará.
Durante os três dias foram ministrados os cursos de“Licitações e Contratos” e “Contabilidade Aplicada ao Setor Público”. Além de servidoresda Prefeitura Municipal de Xinguara também participaram servidores de cidades vizinhas como Tucumã, Ourilândia, Cumaru, São Feliz, Redenção, Santana , Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás e Rio Maria.

De acordo com Ewerton Andrade, assessor de planejamento da Prefeitura de Xinguara, a cidade se consolida como pólo de Capacitação e Melhoria da Gestão Pública nos municípios da região Sul do Pará. “Essa consolidação é um avanço para o município, que nesta admnistração trabalha pautada na transparência” avaliou.


Welington Fernando silva, de Canaã dos Carajás, ressalta a importância do curso na conquista de novos conhecimentos e práticas corretas na gestão pública. “Gostei bastante de tudo que aprendi durante os três dias. O que aprendi aqui irei multiplicar em Canaã com meus colegas de trabalho, assim iremos trabalhar com mais segurança” disse. Mayrla Lima

Edição n° 50, Água, da revista Cidadania & Meio Ambiente está disponível para acesso e/ou download

sexta-feira, 21 de março de 2014

Xinguara/Saúde:
Hospital Municipal avança e amplia quadro médico

O Hospital Municipal de Xinguara (HMX), atualmente passa por um momento ímpar. Nos últimos meses recebeu melhorias na infraestrutura e principalmente se voltou para um atendimento mais humanizado. O novo jeito de cuidar inserido na gestão da Saúde de Xinguara já gera resultados positivos.“O acolhimento que estamos tendo no HMX tem contribuído na nossa recuperação, porque hoje nos sentimos bem cuidados” disse Maria Evangelista, paciente.
As mudanças estruturais vão desde a climatização de setores como obstetrícia e pediatria a instalação de duchas quentes nos banheiros. O prédio recebe nova pintura, tudo para oferecer mais conforto para quem passa pelo hospital. “Aqui na recepção já percebemos as mudanças, o atendimento melhorou bastante, nos sentimos bem ao receber a atenção que precisamos” disse Claudia Brasil, manicure.
Ampliação do Quadro Clínico
Hoje o Hospital dispõe de um quadro clínico formado por seis médicos, 25 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Além da equipe de serviços gerais, porteiros, atendentes, motoristas entre outros. Antes o número de profissionais era bem menor e foi ampliado para atender a demanda.
“Nós analisamos o número de pacientes que procuram o hospital, a demanda tem crescido e para prestar um serviço de qualidadeestamos investindo em bons profissionais.O prefeito Osvaldinho tem dito que a saúde em nosso município é uma das principais prioridades e está demonstrando nos investimentos que tem feito” avaliou Janaina Pereira, diretora do HMX.
Uma das novas contratações é a da médica pediatra, Ezia de Lima Lopes,ela atende cerca de trinta crianças por semana. Os atendimentos são realizados sempre às quintas-feiras, com consultas agendadas na regulação. “Para nós mães essa contratação nos traz alívio, saber que agora podemos contar com uma profissional para atender nossos filhos” avaliou Sônia Oliveira, comerciante.
As mudanças na pediatria não param por aí. O HMX presenteia os recém-nascidos com um kit maternidade, chamado de “Kit Vida” que conta com um mijão, cueiro, fraldas, álcool 70%, além de lenço umedecido. Desde sua implantação, há dois meses, já foram entregue 108 kits.
Cirurgias
Hoje o HMX realiza cerca de 70 cirurgias por mês, conseguindo diminuir a fila de espera. Antes os pacientes que necessitavam de cirurgias como vesícula, períneo, hérnia, vasectomia, laqueadura, histerectomia e vasectomia eram encaminhados ao Hospital Regional, em Redenção.“Há vários anos necessitava fazer a cirurgia de períneo, só agora estou podendo cuidar da minha saúde. Agradeço a Prefeitura de Xinguara por estar investindo na melhoria de vida da população” disseVanusa Ribeiro, dona de casa.
Cidadania
Os pacientes que recebem alta no HMX e necessitam do transporte até a sua casa, hoje contam com um veículo do hospital que fica à disposição dos pacientes. Uma novidade que tem agradado e feito à diferença.
Dados atendimento 2014
De janeiro a março deste ano o HMX realizou 55. 169 exames laboratoriais, 5.523 consultas médicas, 420 eletrocardiograma, 360 exames de imagens, 540 procedimentos cirúrgicos.


“Hoje o HMX tem uma nova identidade, não tenho nem palavras para definir o trabalho que está sendo realizado aqui. Há 28 anos moro em Xinguara e esta é a primeira vez que vejo o hospital ter um bom atendimento” disse Dinair Vieira de Araújo, dona de casa.- Mayrla LIma.
Xinguara recebe máquinas do PAC2

O prefeito Osvaldinho Assunção, acompanhado do vice-prefeito Raimundo Moto-taxi, vereadores e assessores, esteve nesta quinta-feira (20), em Marabá onde participaram da recepção à Presidente Dilma Rousseff.
Na oportunidade o prefeito, Osvaldinho, recebeu da presidente uma moto-niveladora (patrol) e uma caçamba, as máquinas fazem parte do PAC2 (Programa de Aceleração do Crescimento).De acordo com o prefeito, as máquinas vão contribuir para a realização de serviços importantes no município. “Essas máquinas chegam em boa hora, quando estamos recuperando as estradas e ruas destruídas pelas chuvas. Além disso, com certeza irão contribuir para trazer bem estar à nossa população”, disse Osvaldinho Assunção.
Esta é a segunda vez na administração do prefeito Osvaldinho, que Xinguara é beneficiada com máquinas do governo federal. Há cerca de seis meses, o município recebeu uma retroescavadeira. “No início da nossa gestão estive em Brasília participando de uma reunião de prefeitos e na oportunidade a presidenta havia firmado esse compromisso de enviar máquinas para nossa cidade” afirmou Osvaldinho.
Mais reforço para Secretaria de Obras

Além das máquinas doadas pelo governo federal, a administração municipal deveapresentar nos próximos dias à Câmara Municipal um pedido de autorização para a compra de novas máquinas que irão contribuir para prestar um serviço de melhor qualidade à população. “Estamos solicitando a autorização para compra de mais dois caminhões, uma bobcat, uma retro-escavadeira hidráulica para equipar nossa secretaria de obras e poder atender melhor as nossas necessidades na zona rural e urbana” declarou Osvaldinho. - Mayrla Lima




quinta-feira, 20 de março de 2014

Dilma chega ao PA na noite desta quarta. Hoje estará em Marabá às 12h

20 de março de 2014


Presidente Dilma Roussef foi recebida pelo Governador Simão Jatene e pelo prefeito Zenaldo Coutinho na Base Aérea Belém
A presidente Dilma Roussef desembarcou na  Base Aérea de Belém  por volta das 21h40 da noite desta quarta-feira (19), e foi recebida pelo governador do Pará, Simão Jatene, e pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho. Na manhã desta quinta (20) a presidente participa da cerimônia de anúncio de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) na capital paraense, e após o evento segue para o município de Marabá onde lança edital para obras de derrocamento do Pedral do Lourenço e entrega 110 máquinas para obras em 89 municípios. Após cumprir agenda no Pará, a presidente segue para a cidade de Imperatriz, no Maranhão, no início da tarde.
Dilma Roussef chegou acompanhada do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e do secretário de Comunicação Social, Thomas Traumann, e seguiu com a comitiva para um hotel no centro da cidade. Na manhã desta quinta, a presidente anuncia investimentos do PAC2 na mobilidade ubana de Belém, e o BRT deve ser um dos assuntos abordados no evento, que ocorre a partir das 9h30 no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.
Em Marabá, a presidente participa de evento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no qual serão doados 80 caminhões-caçamba e 30 motoniveladoras para obras de manutenção nas estradas vicinais em 89 municípios do Pará, beneficiando mais de 96 mil agricultores familiares. A cerimônia acontece às 12h15 no Pátio do Aeroporto de Marabá, no quilômetro 1,5 da BR-230, a Rodovia Transamazônica. Na ocasião, a presidente assina a ordem para a publicação do edital de licitação do derrocamento do Pedral do Lourenço, em Itupiranga, obra que vai possibilitar o funcionamento da Hidrovia Araguaia-Tocantins.
Veja a agenda da Presidente Dilma Roussef no Pará, nesta quinta (20):
09h30 – Cerimônia de anúncio de investimentos do PAC2 – Mobilidade Urbana para Belém (PA)
11h – Partida para Marabá (PA)
11h50 – Chegada a Marabá, no Aeroporto João Corrêa da Rocha
12h15 – Cerimônia de lançamento do edital do Pedral do Lourenço e  entrega de máquinas a municípios do Pará
13h50 – Partida para Imperatriz/MA
FOLHA DO BICO: http://www.folhadobico.com.br/03/2014/dilma-chega-ao-pa-na-noite-desta-quarta-hoje-estara-em-maraba-as-12h.php

Controles operacionais do tratamento de efluentes, artigo de Roberto Naime
Publicado em março 20, 2014 por Redação

Tanques usados nas quatro fases do processo de tratamento de água da Estação do Guaraú, em São Paulo: coagulação, floculação, decantação e filtração (Foto: Anne Vigna/A Pública)


[EcoDebate] No controle operacional, o requisito básico é identificar e planejar as atividades e operações associadas aos aspectos ambientais significativos e relevantes, identificados em alinhamento com a política ambiental, seus objetivos e seus alvos.
A finalidade dos controles operacionais é assegurar que o desempenho ambiental atenda aos objetivos e alvos. As formas mais comuns das organizações alcançarem o controle operacional efetivo e eficaz são as seguintes:
·         Preparando procedimentos documentados para as atividades e operações a fim de assegurar que não se desviem de políticas, objetivos e alvos;
·         Especificando sempre que necessários, critérios operacionais eficientes;
·         Estabelecendo e comunicando aos fornecedores e subcontratados ou terceirizados, procedimentos relevantes que se relacionem com os aspectos ambientais significativos das mercadorias e serviços utilizados pela organização.
Cabe ressaltar, que procedimentos documentados não são necessários para toda operação e circunstância, e não visam burocratizar o processo.
Objetivam simplesmente coibir situações nas quais sua ausência poderia levar a desvios das políticas, objetivos e alvos ambientais ou especificações legais e regulamentares pertinentes.
Os controles operacionais podem e devem se estender a todas as atividades da organização. Mas os setores mais sensíveis são o tratamento de efluentes líquidos, quando houver, a gestão adequada dos resíduos sólidos, que sempre haverá em maior ou menor extensão e o monitoramento das emissões atmosféricas, se houver, além de itens como ruídos, vibrações e outros.
Dentro dos objetivos é necessária a descrição do tratamento e do monitoramento (Índices de Desempenho Ambientais) que serão aplicados aos aspectos físicos, químicos e biológicos dos processos de tratamento.
O objetivo é promover um controle efetivo da qualidade dos efluentes líquidos que poderão ser reutilizadas ou serão lançados em corpo receptor, conforme licenciamento ambiental.
É recomendável a criação de sistemas de abreviaturas de fácil acesso para a codificação simplificada dos documentos de registros, definindo as abreviaturas. Por exemplo, ETE, significa Estação de Tratamento de Efluentes e OD, oxigênio dissolvido.
Somente os técnicos e especialistas conhecem esta nomenclatura, mas é necessária a socialização da informação para a obtenção de bons resultados.
Devem ser normatizados todos os procedimentos para as operações de tratamento e criados, discutidos e aprovados métodos de análise bem determinados para todos os parâmetros de controle.
Desta forma que podem ser utilizados e aceitos adequadamente como indicadores.
Também deve ser definido o Programa de Amostragem com os seguintes itens mínimos:



A Presidenta Dilma Rousseff estará em Marabá nesta quinta Dia 20 de Março


(Foto: Agência Brasil)

Está confirmada a vinda da presidente Dilma Rousseff a Marabá, sudeste paraense, hoje quinta-feira (20). Os últimos detalhes estão sendo acertados em Brasília (DF) e o cerimonial da Presidência da República deve chegar a Marabá já  está em Marabá desde nesta terça-feira.
A visita da presidente a Marabá tem como objetivo entregar 110 máquinas para prefeituras de municípios que têm até 50 mil habitantes. O evento será num dos estacionamentos da VP-8, Nova Marabá, às 14h50. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, também deve marcar presença.
A grande expectativa é quanto ao anúncio sobre a abertura de licitação para derrocamento do Pedral do Lourenção (que ficou conhecido nacionalmente como “Lourenço”) para abertura da Hidrovia do Tocantins.
O cerimonial da presidência ainda não confirmou o assunto. Foi informado apenas que ela fará um anúncio importante, o que leva a crer que possivelmente será sobre esse assunto. Desde o final de fevereiro a região aguarda que Dilma faça esse anúncio.
(DOL com informações de Chagas Filho/Diário do Pará)
Em visita ao Sul do Pará Dilma entregará máquinas para Xinguara


Hoje o prefeito, Osvaldinho Assunção, será recebido pela Presidenta Dilma Rousseff em Marabá. Além do prefeito estarão presentes o vice-prefeito, Raimundo Moto-Táxi, vereadores e assessores.

Após as reivindicações do prefeito Osvaldinho, Xinguara foi contemplada com uma patrol e uma caçamba pelo Governo Federal, por meio do PAC 2( Programa de Aceleração do Crescimento). As máquinas serão entregues amanhã pela Presidenta Dilma ao Prefeito Osvaldinho. - mayrla lima/ASCOM



quarta-feira, 19 de março de 2014

Maternidade precoce e violência contra meninas e adolescentes, artigo de José Eustáquio Diniz Alves
Publicado em março 19, 2014 por Redação
Tags: saúde, sociedade
A sociedade culpa muito frequentemente apenas a garota por ficar grávida, mas a realidade é que a gravidez na adolescência muitas vezes não é uma opção, mas sim o resultado de ausência de escolhas e de circunstâncias que fogem do controle das meninas. Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do UNFPA

[EcoDebate] A maternidade precoce era uma realidade frequente na fase pré-transição demográfica, quando a sociedade era rural, os níveis de mortalidade infantil eram altos, havia reduzidas chances educacionais para os jovens e o mercado de trabalho não exigia requisitos mínimos de qualificação profissional.
Mas com o processo de modernização e o avanço da inclusão social, o início da maternidade tende a ser postergado quando as adolescentes têm a oportunidade de permanecer na escola e podem contar com boas ofertas de emprego após terminar os cursos oferecidos pelo sistema educacional. A conquista da autonomia profissional é fundamental para que a decisão de casar e/ou ter filhos seja feita de maneira livre e consciente.
Todavia, 7,3 milhões de adolescentes, abaixo de 18 anos, dão à luz por ano nos países em desenvolvimento (incluindo o Brasil), de acordo com Relatório divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Segundo o relatório, desse total, 2 milhões de nascimentos são de mães com menos de 15 anos. A média, segundo a ONU, é de 20 mil adolescentes dando à luz diariamente. Ao todo, há 580 milhões de mulheres adolescentes no mundo.
O documento intitulado “Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência” aborda, entre outras questões, “as implicações da gravidez na adolescência e o que pode ser feito para garantir uma transição saudável e segura para a vida adulta”. As principais causas apontadas para a gravidez precoce são: casamentos muito cedo, pobreza, obstáculos a direitos humanos, violência sexual, restrições a políticas de métodos anticoncepcionais, falta de acesso a educação e serviços de saúde ligados ao tema dos direitos sexuais e reprodutivos.
Cerca de 70 mil garotas morrem todos os anos de complicações da gravidez e ocorrem anualmente 3,2 milhões de abortos inseguros nos países em desenvolvimento, representando 98% do total em todo o mundo. A ONU ressalta que, na maioria desses países, a prática do aborto é considerada ilegal. Ao todo, 1,4 milhão deles ocorrem na África, 1,1 milhão na Ásia e 670 mil nos países da América Latina e Caribe.
O documento do UNFPA diz que se as adolescentes brasileiras adiassem a gravidez para depois dos 20 anos, a produtividade do país poderia aumentar em US$ 3,5 bilhões (algo em torno de R$ 8 bilhões). Os custos da maternidade precoce não são apenas macroeconômicos, pois muitos sonhos e perspectivas individuais são postergados ou definitivamente interrompidos. A maior parte das gravidezes precoces ocorrem entre populações vulneráveis e muitas são fruto da violência sexual ou da exclusão social.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, os casos de gravidez entre mulheres com menos de 20 anos diminuíram em todo o território nacional de 2000 a 2012. No início do atual século, cerca de 750 mil adolescentes foram mães no país. Em 2012, o número caiu para 536 mil.
Conforme a coordenadora da Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde (MS), Thereza de Lamare, o MS busca facilitar e ampliar o acesso a métodos contraceptivos na rede pública e nas drogarias conveniadas do Programa Aqui Tem Farmácia Popular. Atualmente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres em idade fértil podem escolher métodos contraceptivos como: preservativos, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, minipílula, pílula combinada, diafragma e dispositivo intrauterino (DIU). Nos últimos cinco anos o SUS distribuiu, em média, 500 milhões de unidades de preservativos masculinos.
Outra questão destacada pela coordenadora é que parte das jovens mães brasileiras sofreu algum tipo de abuso. O governo planeja lançar uma cartilha de estratégias para combater a violência contra crianças e adolescentes. Para difundir a informação, também fora das escolas, os jovens podem acessar pela internet as cadernetas de Saúde de Adolescentes (masculina e feminina) e outros materiais voltados para educação sexual. Eles podem também, no mesmo espaço, tirar dúvidas online.
O fato é que a gravidez não desejada é uma realidade no Brasil e no mundo. Isto reflete a falta de direitos efetivos por parte das meninas e adolescentes e o não cumprimento da meta 5b dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) que trata da necessidade de universalização dos serviços de saúde sexual e reprodutiva. Mudar esta situação é uma tarefa urgente.
Também a pesquisa coordenada pela professora Dora Mariela Salcedo Barrientos, do curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP feita junto a 61 adolescentes grávidas cadastradas no Hospital Universitário (HU) confirmou que 60% das mulheres que já engravidaram foram vítimas de algum tipo de violência doméstica por parceiro íntimo no decorrer da vida conjugal, e 20% destas sofreram violência psicológica e física grave durante a gravidez como, por exemplo, socos, queimaduras e ameaças envolvendo o uso de arma. Segundo Araujo (2013):
A violência intrafamiliar constitui um grave problema de saúde pública, uma vez que afeta profundamente a integridade física e psicológica das vítimas. O estudo aponta diversos sintomas e transtornos que podem aparecer em decorrência da violência intrafamiliar, por exemplo: doenças no aparelho digestivo e circulatório, dores e lesões musculares, desordens menstruais, ansiedade, depressão, suicídio, uso de entorpecentes, transtorno de estresse pós-traumático, lesões físicas, privações, entre outros. No que se refere à saúde reprodutiva, a violência contra a mulher tem sido associada a gestações indesejadas, dor pélvica crônica, doença inflamatória pélvica e maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis.
O estudo ainda levantou o perfil das adolescentes entrevistadas: idade média de 17 anos; a maioria das jovens eram brancas ou pardas (95%), solteiras (90,1%); com nível de escolaridade adequado para a idade (54,1% – nível médio); procedentes do Estado de São Paulo; vivendo em moradias próprias (62,5%), com acesso a serviços básicos como água, luz, esgoto e coleta de lixo. A prevalência de violência entre as jovens que tinham condição precária na moradia foi maior do que entre aquelas com residência salubre. Para grande parte das famílias das adolescentes entrevistadas (79,6%), a renda per capita média foi de R$ 474,95, variando entre R$ 66,67 e R$ 1.550,00”.
Segundo o UNFPA: “Para romper esse ciclo e assegurar que adolescentes e jovens alcancem seu pleno potencial, é preciso:
- Investir em políticas, programas e ações que promovam os direitos, a autonomia e o empoderamento de adolescentes e jovens, em especial meninas, em relação ao exercício de sua sexualidade e de sua vida reprodutiva, para que possam tomar decisões voluntárias, sem coerção e sem discriminação;
- Garantir o acesso de adolescentes e jovens à informação correta e em linguagem adequada sobre os seus direitos, incluindo o direito à saúde sexual e reprodutiva, bem como o acesso à educação integral em sexualidade;
- Assegurar o acesso às ações e aos insumos de saúde sexual e reprodutiva, tais como preservativos e contraceptivos, para que gravidezes não planejadas sejam evitadas;
- Envolver as famílias, comunidades, serviços e profissionais de saúde na resposta adequada às necessidades e demandas de adolescentes e jovens, incluindo aquelas relacionadas à saúde sexual e reprodutiva.
- Garantir a participação de adolescentes e jovens nos processos de tomada de decisões, como condição fundamental para os avanços democráticos e para a realização de seus direitos”.
Referências:
UNFPA. Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência, 2013
http://www.unfpa.org.br/novo/index.php/669-gravidez-na-adolescencia-e-tema-do-relatorio-anual-do-unfpa-2
UNFPA. Maternidad en la niñez: Enfrentar el reto del embarazo en adolescentes. Estado de la población mundial, 2013, New York, 2013 http://www.unfpa.org.br/Arquivos/SP-SWOP2013.pdf
ALVES, JED. Fecundidade, Cidadania e Políticas de Proteção Social e Saúde Reprodutiva no Brasil,
Seminário Internacional “Saúde, Adolescência e Juventude: promovendo a equidade e construindo 
habilidades para a vida”, Ministério da Saúde e UNFPA, Brasília, 17/11/2013
Gabriel Almeida Araujo. Adolescentes grávidas são vítimas frequentes de violência, USP, 12/12/2013
http://www.usp.br/agen/?p=163002
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br


EcoDebate, 19/03/2014