quinta-feira, 29 de janeiro de 2015



Um alerta emitido nesta quinta-feira pelo Boletim de Cientistas Atômicos (BAS), adiantou o simbólico relógio do fim do mundo em dois minutos. O feito diz respeito à proximidade do fim da humanidade.
Agora, marcando três minutos para a meia-noite, o relógio demonstra que a situação atual da população mundial é crítica, comparada à 1984. Na ocasião, existia um grave conflito entre os EUA e a União Soviética, crescendo temores de uma possível guerra nuclear.

A principal ameaça desta vez está ligada ao clima.
Segundo Kennette Benedict, diretora-executiva do BAS, a probabilidade de uma catástrofe global é extremamente alta. As ações para redução dos riscos devem ser tomadas urgentemente.
“As condições são tão ameaçadoras que estamos adiantando o relógio em dois minutos. Agora falta três para meia-noite”, informou.
Um alerta emitido nesta quinta-feira (22) adiantou relógio do fim do mundo em dois minutos. O feito diz respeito à proximidade do fim da humanidade.
Segundo Kennette, a emissão de dióxido de carbono aliada a outros gases têm transformado o clima do planeta de forma extremamente perigosa, deixando milhões de pessoas vulneráveis ao aumento do nível do mar e a outras tragédias ligadas ao clima.
O BAS fez duras críticas aos líderes globais, alegando que eles “falharam” na forma e velocidade como agiram para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe.
Outro ponto tocado pelos cientistas foi em relação à modernização dos arsenais nucleares, principalmente dos EUA e Rússia. Segundo eles, o movimento ideal seria a redução de investimentos nesse setor.
Segundo estimativas, existem cerca de 16.300 armas atômicas no mundo, sendo que apenas cem delas seriam suficientes para causar danos de longo prazo na atmosfera terrestre.
A organização pediu que as lideranças globais assumissem o compromisso de limitar o aquecimento global a dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, além de reduzirem os gastos com armamentos nucleares.
Kenette completou afirmando que ainda há tempo para que algo seja feito: “Não dizemos que é tarde demais, mas a janela para que as ações sejam tomadas está se fechando rapidamente. O mundo precisa acordar de sua atual letargia. Acreditamos que adiantar o relógio pode inspirar mudanças que ajudem nesse processo”.
No Brasil, diversas localidades sofrem com as mudanças climáticas, principalmente pela falta de chuva. O efeito é sentido pela população com a falta d’água em diversos municípios nos grandes centros e interior de estados como São Paulo e Minas Gerais.
O último ajuste do relógio ocorreu em 2012. Na ocasião ele foi modificado marcando 23h55.
Fonte: 
Metro

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

São Paulo pode virar sertão!

Sabesp pode adotar rodízio de cinco dias sem água por semana

Publicado em janeiro 28, 2015 por Redação
Sistema Cantareira pode secar em quatro meses, caso as chuvas continuem abaixo da média. Foto: Divulgação/Sabesp



O diretor metropolitano da Companhia Estadual de Saneamento Básico  de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato Yoshimoto, alertou ontem (27) que a empresa poderá adotar o sistema de rodízio de cinco dias por semana sem água, caso não aumente o volume de chuvas no Sistema Cantareira.
A decisão será tomada somente em situação extrema. “Se as chuvas insistirem em não cair teremos de fazer um rodízio muito pesado para ter uma economia necessária e não deixar que o nível continue caindo como está”, disse durante visita a Suzano, ao lado do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Massato afirmou que a engenharia da Sabesp está atenta: havia um planejamento feito em dezembro de 2013 para aguardar as chuvas do verão. Estas não aconteceram. Mesmo assim, o uso planejado evitou que a água acabasse no ano passado. “Nós nos preparamos para passar o outono e o inverno. Esperávamos que a partir de outubro, na primavera, ocorressem as precipitações mínimas históricas. Só que o ano hidrológico 2014-2015 está sendo mais crítico do que o anterior”.
Sobre a disponibilização de uma lista com horários e locais que apresentem diminuição da pressão na rede de abastecimento no site da empresa a partir da semana passada, Massato explicou que a manobra, que provoca falta de água em diferentes regiões da cidade – feita somente de madrugada -, passou a ser informada durante o dia. “Passamos a informar desde o momento em que a medida passou a ser adotada também à tarde. Está atingindo toda a região metropolitana de São Paulo. Se os órgãos reguladores chegarem à conclusão de que temos que retirar menos água do que estamos retirando teremos que adotar o rodízio”.
O governo do Estado entregou hoje a ampliação da transferência de água do córrego Guaratuba para o Sistema Alto Tietê. A obra foi executada em pouco mais de dois meses pela Sabesp e vai permitir o aumento do volume de água armazenado nesse sistema. O Alto Tietê abastece parte da zona leste e os municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano, além de parte de Mauá, Mogi das Cruzes e Santo André. O córrego nasce na Serra do Mar e deságua em Bertioga, no litoral paulista. Atualmente são transferidos para a região metropolitana 500 litros por segundo e – com a obra – esse volume dobrará. A obra começou em 5 de novembro e foram investidos R$ 8 milhões.
“O Sistema Alto Tietê é central para nós porque precisa ter água, capacidade de tratar e de distribuir. Aqui, no Alto Tietê, [o volume equivalia a] 5 metros cúbicos por segundo, aumentamos para 15 metros cúbicos e estamos produzindo 10 metros por falta de água. Aí vem o grande trabalho que a Sabesp está fazendo que é trazer água do Sistema Billings para o Alto Tietê. Trouxemos 5 metros [cúbicos de fluxo] e agiremos nos dois sistemas mais preocupantes afetados pela seca: o Alto Tietê e o Cantareira”, ressaltou o governador Geraldo Alckmin.
Segundo ele, parte da Billings é enviada para o Guarapiranga e o Alto Tietê, onde é tratada e distribuída. “Estamos estudando trazer o Rio Grande ou o Rio Pequeno para cá [para aumentar a] capacidade de tratar e distribuir. Parecia mais viável o Rio Grande, hoje estamos avaliando também o Rio Pequeno”. Ele não deu prazos para que as medidas entrem em prática.
Por Flávia Albuquerque, da Agência Brasil.
Publicado no Portal EcoDebate, 28/01/2015


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

"Era FHC" - a regressão do trabalho
O LIVRO 

Recorde de desemprego, corrosão dos salários, avanço da informalidade e desmonte da legislação trabalhista. Se os anos 80 marcaram a “década perdida” da economia, os anos 90 devem entrar para a história como a “década maldita” do ponto de... Ler mais http://pt.calameo.com/books/00053261114a304bdda59


I Encontro Regional pelo Direito à Comunicação de PE já tem data

Escrito por: Redação
O evento, que preparará os participantes para o 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC), será realizado entre 12 e 14 de março, em Recife











O Comitê Pela Democratização da Comunicação de Pernambuco já definiu a data do I Encontro Regional pelo Direito à Comunicação: de 12 a 14 de março, em Recife-PE. O evento tem o objetivo de preparar os participantes para os debates do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (ENDC), que será realizado nos dias 10, 11 e 12 de abril, em Belo Horizonte (MG).
O 2º ENDC reunirá militantes de movimentos sociais, sindicais, estudantes, ativistas e cidadãos/cidadãs interessados/as no direito à comunicação. A data e o local escolhidos colocam o encontro no calendário de eventos da Semana Estadual pela Liberdade de Expressão, pela Democratização dos Meios de Comunicação e pelo Direito à Informação, instituída pela Lei Estadual 20.818/13.
Embora a programação ainda não esteja definida, o encontro abordará temas como a política de comunicação no Brasil, a urgência de um novo marco regulatório das comunicações e a necessidade de fortalecimento dos meios de comunicação do campo público, incluindo as emissoras comunitárias, entre outros. Além de discutir temas importantes sob a perspectiva da comunicação como direito humano, o encontro visa, essencialmente, estabelecer redes e fortalecer os mais diversos movimentos em prol da comunicação, objetivando potencializar o espectro de ação dos diversos atores e a capacidade de intervir na formulação de políticas públicas.
Em breve serão disponibilizadas mais informações, assim como o link para a inscrição no evento. 


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Monumento Cultural:
Templo no Camboja e o maior monumento religioso do mundo.
Património Mundial da UNESCO


Nome oficial : Angkor
O nome moderno , Angkor Wat, significa " Temple City" ou " Cidade dos Templos "

Angkor Wat ( Khmer : អង្គរវត្ត ) foi o primeiro a hindu, mais tarde, um budista, complexo do templo no Camboja e o maior monumento religioso do mundo. O templo foi construído pelo Khmer rei Suryavarman II no início do século 12 em Yasodharapura ( Khmer : យសោធរបុរៈ , atual Angkor) , a capital do Império Khmer, como seu templo estado e eventual mausoléu. Rompendo com a tradição Shaiva dos reis anteriores , Angkor Wat foi em vez dedicado a Vishnu. Como o templo melhor - preservado no local , é o único que restou com importante centro religioso desde a sua fundação . O templo está no topo do alto estilo clássico da arquitetura Khmer. Tornou-se um símbolo do Camboja , [1] aparecendo em sua bandeira nacional, e é a atração principal do país para os visitantes.

Angkor Wat combina dois planos básicos de arquitetura Khmer templo : o templo - montanha eo templo galleried depois, baseado na arquitetura Dravidian cedo, com recursos importantes como o jagati . Ele é projetado para representar Mount Meru , a casa dos devas da mitologia hindu : dentro de um fosso e uma parede exterior 3,6 km (2,2 km ) de comprimento são três galerias retangulares , cada levantada acima da próxima . No centro do templo ergue-se um quincunx de torres . Ao contrário da maioria de templos de Angkorian , Angkor Wat é orientada para o oeste; estudiosos estão divididos quanto ao significado desta . O templo é admirado pela grandeza e harmonia da arquitetura, suas extensas baixos-relevos , e para os numerosos devatas adornam suas paredes .  Fonte:  http://en.wikipedia.org/wiki/Angkor_Wat



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Aécio Neves age para defender aliado citado em depoimento da Lava Jato


Por Redação | Foto:Marcus Desimoni/Nitro

O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), vem atuanto para defender o também senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais e um de seus maiores aliados. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Na última semana, outra reportagem da Folha revelou que Anastasia teria sido citado em depoimento do policial Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, investigado pela Operação Lava Jato. Careca teria dito que entregou R$ 1 milhão para Anastasia, a pedido do doleiro Alberto Youssef, em 2010.
Aécio fez chegar ao advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, uma consulta sobre se o doleiro deu dinheiro a Anastasia. Na próxima segunda-feira (12), a defesa do doleiro vai apresentar à Justiça uma petição isentando o tucano.
Para defender Anastasia, seus aliados utilizam o argumento de que a Justiça não deu a Careca o benefício da delação premiada.


   Hipocrisia à parisiense


Na primeira fila da marcha pela “Liberdade Expressão”, convocada pelo primeiro-ministro francês, governantes com as mãos manchadas por censura, prisões arbitrárias e agressão a comunicadores
Por Vinicius Gomes, na Revista Fórum
Na esteira do assassinato de 12 pessoas na última quarta-feira (7) em Paris, entre elas dois policiais franceses e dez funcionários da publicação semanal satírica Charlie Hebdo, as ruas de diversas cidades francesas foram tomadas por quase 4 milhões de pessoas nesse domingo (11) que marcharam em solidariedade às vítimas e suas famílias e contra o terrorismo e pela defesa da liberdade de expressão. Em Paris, a manifestação contou com a presença de dezenas de líderes mundiais andando de braços cruzados em nome desses valores. Visualize aqui um rápido “quem-é-quem” de alguns dos que participaram.
A hipocrisia pela demonstração de solidariedade às vítimas inocentes da Charlie Hebdopoderia, por exemplo,ser apontada logo de cara com a presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que há menos de seis meses causou a morte de mais de duas mil pessoas em Gaza, cerca de 500 delas sendo crianças; mas como a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras escreveu, eles ficaram “estarrecidos pela presença de líderes de países onde jornalistas e blogueiros são sistematicamente perseguidos” – citando alguns como o primeiro-ministro da Turquia, os ministros de relações exteriores do Egito, da Rússia, da Argélia e dos Emirados Árabes, além do presidente do Gabão.
Porém, um estudante da London School of Economics foi mais além: Daniel Wickhampostou uma série de tuítes dando nome aos bois daqueles que andavam de braços cruzados em nome da liberdade de expressão, quando em seus próprios países eles não parecem tão preocupados em defendê-la – fato esse que não pode ser classificado como nada menos do que um show de hipocrisia. Sendo que a mais flagrante foi a condenação de Raif Badawi, um blogueiro saudita, por “insultar o islã“: 10 anos de prisão e 1.000 chibatadas em público, ao longo de 20 semanas – as primeiras 50 foram dadas na sexta-feira (9), dois dias antes de o embaixador da Arábia Saudita marchar com outros defensores da liberdade de expressão.
Confira abaixo a lista de Wickham, apontando 21 líderes mundiais e fervorosos defensores da liberdade de imprensa e expressão:
1) Rei Abdullah, da Jordânia, que no ano passado sentenciou um jornalista palestino a 15 anos na prisão com trabalhos forçados
2) Primeiro-Ministro Davutoglu, da Turquia, que prende mais jornalistas do que qualquer outro país no mundo
3) Primeiro-Ministro Netanyahu, de Israel, cujas forças [armadas] mataram 7 jornalistas em Gaza no ano passado (ficando atrás apenas da Síria)
4) Ministro das Relações Exteriores Shoukry, do Egito, que além de prender jornalistas da Al Jazeera, deteve também o jornalista Shawkan por cerca de 500 dias
5) Ministro das Relações Exteriores Lavrov, da Rússia, que no ano passado prendeu um jornalista por “insultar um funcionário do governo”
6) Ministro das Relações Exteriores Lamamra, da Argélia, que prendeu o jornalista Abdessami Abdelhai por 15 meses sem julgamento
7) Ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, que em 2013, manteve um jornalista incomunicável durante um mês
8) Primeiro-Ministro Jomaa, da Tunísia, que recentemente prendeu o blogueiro Yassine Ayan por 3 anos, por ter “difamado o exército”
9) Os primeiro-ministros da Georgia e Bulgária, ambos países que têm um histórico deatacar e bater em jornalistas
12) Secretário-Geral da Otan, que ainda precisa ser responsabilizada pelo bombardeio e assassinato deliberado de 16 jornalistas sérvios em 1999
14)  Ministro das Relações Exteriores de Bahrein, segundo maior país que prende jornalistas no mundo (e também os torturam)
15) Xeique Mohamed Ben Hamad Ben Khalifa Al Thani, do Qatar, que condenou um homem por 15 anos por escrever o “Poema do Jasmim” - que criticava os governos do Golfo Pérsico no pós-Primavera Árabe
16) Presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, que prendeu diversos jornalistas em 2013 por “insultá-lo” no Facebook
17)  Primeiro-Ministro Cerar, da Eslovênia, que condenou um blogueiro a seis meses de prisão por “difamação”, em 2013
18) Primeiro-Ministro Enda Kenny, da Irlanda, onde “blasfêmia” é considerado um crime


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

POR 
 ON 13/01/2015CATEGORIAS: CAPAGEOPOLÍTICAMUNDO


Autoria do atentado de Paris é suspeita. Mas ele certamente serve aos que pretendem atiçar as novas guerras “civilizatórias” do Ocidente
Por Manlio Dinucci, no Il Manifesto | Tradução: Antonio Martins | Imagem: Guido ReniArcângelo Miguel (1636)
Movem-se e disparam como verdadeiros comandos. Nada de rajadas, para não desperdiçar munição. Apenas um ou dois disparos em cada vítima, como o policial já ferido e liquidado no chão, com um só tiro, pelo assassino que passa a seu lado, volta ao carro e, antes de subir, recolhe com toda calma um tênis – que poderia servir de prova, por meio de análise do DNA.
No entanto, quando estes mesmos indivíduos, depois de darem mostra de uma preparação digna de um comando de forças especiais, mudam de veículo, “esquecem” no primeiro auto – segundo a versão da polícia – um documento de identidade. E assim, assinam oficialmente o atentado. Em poucas horas, o mundo inteiro conhecerá seus nomes e suas biografias: “dois delinquentes de pouca envergadura, radicalizados, conhecidos pela polícia e serviços de inteligência franceses”.
Diante dos fatos que estão sendo definidos como “o 11 de Setembro da França”, não é possível deixar de recordar o sucedido no 11 de Setembro norte-americano, quando – apenas algumas horas após o atentado contra as Torres Gêmeas – circularam os nomes e biografias das pessoas designadas como autores do atentado e integrantes da Al Qaeda. Também nos Estados Unidos, quando o presidente Kennedy foi assassinato, o suposto assassino foi descoberto de imediato. E algo idêntico ocorreu na Itália, no massacre da Piazza Fontana. É perfeitamente legítima, portanto, a suspeita de que, por trás do atentado ocorrido na França, possa estar o longo braço dos serviços secretos.
Os dois supostos autores da matança de Paris, se são precisas suas biografias, pertencem ao mundo subterrâneo criado pelos serviços secretos ocidentais – inclusive os da França –, que em 2011 financiaram, treinaram e armaram, na Líbia, diversos grupos islâmicos, pouco antes qualificados de terroristas.
Entre estes grupos, encontravam-se precisamente os primeiros núcleos do futuro Emirado Islâmico (ISIS). Segundo uma investigação do New York Times publicada em março de 2013, os serviços secretos ocidentais ofereceram-lhes armamento através de uma rede organizada pela CIA. Depois de haverem participado da derrubada de Muamar Kadhafi, foram enviados à Síria, para tentar derrocar o presidente Assad e posteriormente para atacar o Iraque, no momento exato em que o governo de Al-Maliki afastava-se do Ocidente e se aproximava de Pequim e Moscou.
O Emirado Islâmico, nascido em 2013, recebe financiamento da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e Turquia, países que além disso facilitam – junto com a Jordânia – o trânsito do grupo através de seus territórios. E não se deve esquecer que os países mencionados são, todos, aliados muito próximos dos Estados Unidos e demais potências ocidentais, incluindo a França. Isso não significa que a massa dos membros dos grupos islamitas, que frequentemente provêm de distintos países ocidentais, tenham consciência desta cumplicidade. De qualquer maneira, é altamente provável que se escondam, atrás dos terroristas, agentes secretos ocidentais e árabes, especialmente treinados na realização deste tipo de operações.
Enquanto se esperam novos elementos capazes de esclarecer a verdadeira origem do massacre perpetrado na França, parece lógico perguntarmos: Quem se beneficia com tudo isso?
A resposta pode ser deduzida do que declarou Nicolas Sarkozy, o mesmo que – quando presidente da França – foi um dos principais artífices do respaldo aos grupos islâmicos que participara na guerra de agressão à Líbia. Sarmkozy qualificou o atentado de Paris como uma “guerra declarada contra a civilização, que tem a responsabilidade de se defender”.
Busca-se assim convencer a opinião pública de que o Ocidente está em guerra contra aqueles que querem destruir a “civilização”. Implica que o Ocidente representa a “civilização” e, por isso, precisa defender-se, ampliando suas forças militares e enviando-as a todos os lugares onde surja esta “ameaça”.
Trata-se, assim, de converter a dor das massas pelas vítimas do massacre em mobilização a favor da guerra. O Davi, coberto em Florença com um véu negro, em sinal de luto, está chamado agora a empunhar a espada na nova "Santa" Cruzada.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Secretaria de Saúde leva atendimento domiciliar à pacientes de Xinguara

Sem sair de casa, o aposentado Adson Silva, recebe o acompanhamento das equipes de saúde de Xinguara, há cerca de um ano ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e desde então possui limitações físicas e precisa de acompanhamento. Nesta terça-feira (6), ele recebeu a equipe de saúde do Posto de Saúde da Família, Marajoara I.
Durante o atendimento a enfermeira, Eliane Galvão, aferiu a pressão arterial e passou orientações quanto à rotina do paciente. “Ele é hipertenso fazemos um trabalho de acompanhamento para que seja estabilizado” afirmou. A visita também foi acompanhada pela agente comunitária, Cleia Sousa.
O filho do aposentado, Jadson Costa, afirma que além da visita da equipe do PSF, seu Adson também recebe em casa o atendimento de um fisioterapeuta, fonoaudiólogo, entre outros profissionais da saúde. “Ainda bem que podemos contar com essa prestação de serviço, além disso, quando necessito levá-lo ao hospital para consultas um veículo da prefeitura realiza o transporte” declara.
O atendimento faz parte das ações da Secretaria de Saúde, que disponibiliza equipes de visita nas oito unidades de saúde do município, além dos atendimentos domiciliares realizados por profissionais do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), e do Programa Melhor em Casa.
“Esse serviço é importante para a manutenção e melhora da saúde dos pacientes que não possuem condições físicas de locomoção até as unidades de saúde. Somando o trabalho de todas as equipes, realizamos por mês, cerca de 600 atendimentos domiciliares” declarou Janaina Pereira, secretária de Saúde.
Para intensificar os atendimentos, em 2014 a Prefeitura Municipal adquiriu novos veículos para as visitas, no mês de outubro, implantou o Programa Melhor em Casa, que hoje conta com duas equipes. “Proporcionar condições de trabalho às equipes e aderir a programas que tragam benefícios a nossa população são sem dúvidas ações que valorizam os nossos pacientes. É assim que estamos trabalhando com a saúde pública em Xinguara, a nossa gestão sempre defendeu a bandeira de ofertar mais qualidade de vida a todos” declarou Osvaldinho Assunção, prefeito.
Ações que também trouxeram mais saúde para  Antônia, aos 65 anos, ela recebe constantemente a visita. As equipes iniciaram o atendimento domiciliar a 1 ano e meio quando a aposentada com complicações de diabetes teve uma das pernas amputadas. “Essas pessoas que nos visitam além das orientações médicas, remédios, nos trazem também alegria e ânimo, são verdadeiros anjos”, desabafou a aposentada. - http://www.xinguara.pa.gov.br/



sábado, 3 de janeiro de 2015

JORNALISMO POLÍTICO
Reciclando a cobertura política
Por Luciano Martins Costa em 02/01/2015 na edição 831
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 2/1/2015 
Os principais jornais do país capricham na cobertura da cerimônia de posse da presidente da República, Dilma Rousseff, em seu segundo mandato. A reinauguração do governo petista mereceu nas edições de sexta-feira (2/1) um pouco mais de volume e densidade noticiosa do que a primeira posse de Dilma, em janeiro de 2011.
A própria imprensa faz algumas comparações com o evento de quatro anos atrás, mas aproveita a chance para explorar o escândalo da Petrobras e as dificuldades contábeis do governo.
Em 2011, Dilma assumiu com a fama de boa gestora, de uma “gerentona” rigorosa, mas, em termos políticos, a imprensa havia tentado colar nela a depreciativa nominação de um “poste” plantado pelo seu antecessor, o ex-presidente Lula da Silva. Duvidava-se de que seria capaz de dominar o complicado jogo das alianças que condiciona o exercício do poder em Brasília.
Na nova versão, a imprensa reconhece que a presidente implantou sua marca pessoal, distanciando-se da matriz onde nasceu sua candidatura, e procura explorar supostas divergências entre ela e seu mentor. Assim, o noticiário passa ao leitor a ideia de que Dilma sofre pressões do grupo político liderado por Lula da Silva, por admitir uma receita próxima do ideário tido como neoliberal para superar o déficit circunstancial no Tesouro e indicadores negativos em alguns aspectos da economia.
De passagem, aqui e ali alguns artigos e editoriais afirmam que as primeiras medidas anunciadas pelo Planalto contradizem promessas de campanha, embora algumas delas venham a atender recomendações da iniciativa privada vocalizadas pela própria mídia. Mas o que chama mais atenção na cobertura da posse é a diminuição do protagonismo da oposição nos cenários desenhados pelos jornalistas.
Basicamente, os jornais dedicam aos representantes oposicionistas apenas frases esparsas, negando-lhes a oportunidade de expor com clareza o que pensam dessa passagem do poder em um governo vergastado pelo escândalo da Petrobras e acossado por dificuldades nas contas públicas.
“Oposição selvagem”
A leitura cuidadosa dos três principais diários de circulação nacional mostra uma diminuição do espaço concedido rotineiramente aos representantes mais destacados da oposição. Seria um sintoma de que a imprensa hegemônica estaria recolhida para tratar as cicatrizes de mais uma derrota nas urnas? Ou a ausência de declarações retumbantes seria resultado simplesmente da falta do que dizer?
Para analisar o discurso predominante na mídia, é preciso observar as expressões que ancoram a mensagem central, e em geral esse processo de indução a certa interpretação dos fatos pode ser observado a partir de alguns pontos fixos: a manchete, um editorial e um ou dois artigos; também se pode acrescentar, eventualmente, a leitura de notas implantadas nas colunas de política para complementar essa constatação.
Assim, pode-se observar que os jornais procuram relacionar o discurso da posse presidencial ao reempacotamento de um velho produto, ou seja, tentam grudar no governo que se inaugura uma etiqueta de validade vencida. Além disso, os textos insistem em demonstrar um distanciamento entre a presidente que assume o segundo mandato e o ex-presidente que a lançou na carreira política.
O fato de o ex-presidente Lula da Silva ter participado discretamente da cerimônia de posse é apresentado como sinal de que alguma coisa não vai bem nas relações entre eles. Para complementar essa versão, usa-se o artifício das notas curtas que relatam descontentamentos nas bases do partido com algumas nomeações para o ministério.
Também é interessante observar como os jornais reduziram as citações do senador Aécio Neves, que até a semana passada era apresentado como líder da oposição. Até o cariocaO Globo, que nunca negou respaldo ao senador mineiro, o coloca em segundo plano. O personagem principal da oposição, na nova versão da imprensa, é o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Estado de S. Paulo dedica um longo texto à disputa entre os dois, mas afirma que Aécio personifica uma “oposição selvagem”, lembra que sua passagem pelo Senado foi pouco expressiva, enquanto apresenta Alckmin como o nome natural para disputar a presidência em 2018. Já a Folha de S. Paulo praticamente ignorou o senador mineiro.
Terá mudado a imprensa ou a política?
Nem uma coisa nem outra: o que parece novo é apenas material reciclado.