quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Escritor Xinguarnse, Lança segundo livro em breve


O Escritor Xinguarnse, Renato Gomes Soares, o popular - Renatinho – Concedeu entrevista ao “BLOG: JUAREZQUIROZXINGUARA” atendendo o meu pedido, fala de sua vida, e das suas realizações, e porque gosta de escrever.
- Em breve, Renatinho estará presenteando o acervo da literatura Paraense, com uma obra de grande relevância na apresentação das muitas faces da identidade cultural de todos nós que moramos na Amazônia Legal. Olha só o bate papo!

Juarez - Quando você Sentiu vontade de escrever pela primeira vez?
Renatinho - Desde muito cedo, ainda na 3ª série na escola eu já sentia que possuía certa facilidade na arte da redação. Quando menino eu lia muita literatura de cordel e isso levou a me perguntar: por que eu também não posso escrever? Foi quando dei meus primeiros passos escrevendo estrofes de cordel. Daí para a prosa foi só um pulo.
Juarez - Em que anos você veio morar em Xinguara, qual foi o seu primeiro pensamento, quando você viu a cidade pela primeira vez? Renatinho - Cheguei aqui em 1991. Logo senti que seria o lugar ideal para viver. Casei, tenho 02 filhos adolescentes e acho Xinguara a melhor cidade do mundo.
Juarez - O que ti inspira a escrever?
Renatinho - A necessidade de contribuir para a construção de um mundo melhor. Escrever para mim é terapia e auto-realização, construo nos meus livros o mundo ideal que a realidade não me permitiu conhecer. Depois é uma maneira que escolhi para gritar, denunciar e nunca me curvar ou me calar diante da injustiça. Meus livros são a minha tribuna popular.

Juarez - Qual foi o seu primeiro trabalho escrito formalmente antes do livro (Crônicas Xinguaras)?
Renatinho - Foi, as matérias jornalísticas que eu escrevia, trabalhando como repórter na redação do jornal O CARAJÁS NEWS, que hoje é do nosso amigo Eli e da Mabia. Bons tempos aqueles em que eu vivia exclusivamente com o dinheiro que ganhava escrevendo. É uma experiência maravilhosa para um ser humano ele poder se manter, comer e beber com dinheiro ganhado com o fruto do seu próprio intelecto. Aquilo pra mim era uma glória vinda de Deus.
Juarez - Porque você decidiu escrever um livro com o titulo, (HISTÓRIAS E SEGREDOS DOS POVOS DA FLORESTA)?
Renatinho - É que o “povo da floresta” somos todos nós, que vivemos e habitamos nas cidades situadas em pleno coração da selva amazônica, morando nas profundezas longínquas da floresta, enfrentando todas as dificuldades do homem ante à natureza bruta. Isso é uma coisa tão extraordinária que alguém precisa escrever o que acontece por aqui, retratando a vida que levamos e que é muito diferente e muito mais dura e prazerosa do que a vida vivida nos grandes centros urbanos.
Juarez - A sua Família o incentiva a escrever?
Renatinho - Sem dúvida alguma. Minha família é o meu porto seguro onde encontro toda a paz e a serenidade que preciso para crescer como homem de letras. Se tivesse que definir a minha casa e a minha família em poucas palavras, eu diria que lá é “um pedaço do céu na terra”, onde o amor e o carinho da minha mulher e do meu casal de filhos é a força motriz que me impulsiona e me dar sustentação e muita inspiração para escrever, escrever e escrever, sempre!
Juarez - Tem alguma coisa que você gosta fazer – materialmente - mais do que escrever?
Renatinho - Gosto muito de ler. Na minha casa somos todos leitores. Temos o hábito de ler e comentarmos o que lemos uns com os outros. Descobrimos que essa é uma maneira infalível de fixarmos a informação da leitura para sempre na memória e jamais nos esquecermos do que lemos. Recentemente, por exemplo, eu, a minha esposa Lucélia, e os meus filhos Bruno e Renata, leram o livro O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway. Foi uma coisa maravilhosa, a gente comentou cada capítulo do livro, assunto por assunto, e no final descobrimos o motivo porque a academia Sueca deu a ele o prêmio Nobel de Literatura com O Velho e o Mar.

Juarez - Você já realizou o seu maior sonho?
Renatinho - Sim: escrever um livro; plantar uma árvore e gerar dois filhos. Ninguém precisa de nada mais do que isso para marcar para sempre a sua passagem aqui no planeta Terra.
Juarez – parabéns Renato pela iniciativa, e boa sorte.

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