Parlamento Europeu aprova pedido de divisão do Google na Europa
Moção não tem poder para desmembrar operações da
empresa no bloco.
Deputados querem pressionar Comissão Europeia, que investiga o Google.
Deputados querem pressionar Comissão Europeia, que investiga o Google.
O Parlamento Europeu votou e aprovou nesta
quinta-feira (27) uma moção que sugere o desmembramento dos serviços na
internet oferecidos por uma mesma empresa, o que visa a divisão de empresas
como o Google.
O órgão não pode decidir pela divisão de empresas.
Com a resolução, debatida na quarta-feira, porém, pretende enviar uma mensagem
à Comissão Europeia, o braço Executivo da União Europeia, que move um processo
contra o Google por abuso de posição dominante.
Os deputados europeus aprovaram a resolução com 384
votos, 174 votaram contra e 56 se abstiveram, segundo a agência de notícias
"France Presse".
Sem poder vinculante, a votação é puramente
simbólica. O Parlamento adota dezenas de resoluções, mas esta em particular,
chamada de 'Resolução para a Defesa dos Consumidores no Mercado Digital', mesmo
sem citar o Google, está dirigida à empresa. A moção pede à Comissão "que
considere as propostas destinadas a desvincular os motores de busca de outros
serviços comerciais".
"Queremos dar um sinal forte à Comissão Europeia,
mas também às empresas americanas, como Google", afirmou semana o deputado
socialista Marc Tarabella, da Bélgica. "Sou contra os monopólios",
afirmou o deputado liberal pela Espanha, Ramón Tremosa. "[O Google]
controla 90% do mercado dos motores de busca em muitos Estados membros, e o
tratamento preferencial dos serviços que oferece é claro e está provado",
acrescentou.
A embaixada dos Estados Unidos expressou
preocupação. Informou ser necessário pedir que "todo processo para
identificar possíveis prejuízos à concorrência e suas possíveis soluções se
baseiem em soluções objetivas e imparciais e não politizadas".
A Comissão começou a investigar o Google em
novembro de 2010 sob a suspeita de abuso de sua posição dominante. A acusação é
de que a empresa privilegia seus serviços nos resultados de busca enquanto
"esconde" as ferramentas concorrentes. A Comissão já fez três vezes
modificações nas soluções propostas pelo Google.
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