Instabilidade na China faz dólar fechar no maior
valor em três meses
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
A moeda norte-americana fechou a
primeira segunda-feira do ano cotada a R$
4,034 Arquivo/Agência
Brasil
Em um dia marcado por turbulências na economia
chinesa, a moeda norte-americana iniciou 2016 com forte alta, e a Bolsa de
Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a fechar no menor valor em quase sete
anos. No primeiro dia de negociações do ano, o dólar comercial subiu R$ 0,086
(2,17%) e fechou esta segunda-feira (4) vendido a R$ 4,034. A cotação está no
maior valor desde 29 de setembro (R$ 4,059).
O dólar operou em alta durante toda a sessão, mas
enfrentou momentos de forte volatilidade. Por duas vezes ao longo do dia, por
volta das 9h30 e entre as 14h30 e as 15h30, a cotação chegou a superar R$ 4,06.
Nas horas finais de negociação, a moeda desacelerou até fechar em R$ 4,034.
O dia também foi de perdas na bolsa de valores. O
Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 2,68% e fechou a sessão
em 42.189 pontos, no menor nível desde abril de 2009, no auge da crise
econômica gerada pelo colapso do crédito imobiliário nos Estados Unidos. Entre
os papéis mais negociados, todos registraram perda, mas as ações da Petrobras
foram exceção e subiram 0,93% (ações ordinárias) e 1,64% (ações preferenciais).
As preocupações com a China dominaram o dia. Após a
divulgação da informação sobre a queda da produção industrial na China pelo
décimo mês consecutivo em dezembro, a Bolsa de Valores do país despencou. As
negociações foram suspensas depois que a Bolsa de Xangai, principal mercado
acionário da China, caiu 7%.
A desaceleração da China tem fortes efeitos sobre
países exportadores de commodities (bens primários com
cotação internacional), como o Brasil. Isso porque a segunda maior economia do
planeta é grande consumidora de matérias-primas como ferro e petróleo e de
produtos agrícolas como soja. A diminuição do crescimento da economia chinesa
se reflete em redução de preços das commodities. Com exportações
mais baratas, menos dólares entram no país, empurrando para cima a cotação da
moeda norte-americana.
*Com informações da
Agência Lusa
Edição: Nádia Franco
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