segunda-feira, 16 de abril de 2012

A patologia da corrupção
Por Luciano Martins Costa – Observatório da Imprensa
As edições dos jornais do fim de semana e da segunda-feira (16/4) trazem novos detalhes das relações do contraventor Carlos Cachoeira com políticos de vários estados. Os esquemas ilegais de lavagem de dinheiro dos jogos de azar evoluíram para uma associação na qual, segundo as investigações divulgadas até aqui, o grupo criminoso financiava campanhas eleitorais e recuperava o dinheiro por meio de contratos de suas “empresas” com o setor público.
O núcleo legalizado era provavelmente a construtora Delta, que aparentemente repassava verbas de volta para o bolso dos bandidos.
Se é verdade metade do que traz a imprensa nos últimos dias, é de se perguntar o que impede um debate sério sobre o sistema eleitoral e suas regras mais do que vulneráveis de financiamento. Já se sabia há muito que o sistema representativo produziu uma falsa democracia, na qual os lobbies empresariais e de interesses específicos criam e sustentam a maioria das carreiras parlamentares, que já nascem marcadas pelos compromissos de campanha.

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