O Pará recebe certificação internacional de livre
de febre aftosa da OIE, nesta Quinta Feira dia 29 de Maio.
Na noite desta quinta feira, 29,
o Estado do Pará recebe da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
juntamente com outros sete estados brasileiros - Alagoas, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Piauí, Ceará, Paraíba e Maranhão -, a certificação
internacional de área totalmente livre de febre aftosa com vacinação, durante a
82ª Assembléia Geral da OIE, em Paris (França). Participam do evento o ministro
da Agricultura Neri Geller, o governador do Pará, Simão Jatene, representantes
da Agência de Defesa Agropecuária do Pará entre os quais o diretor geral,
Sálvio Freire; diretor técnico, Ivaldo Santana e gerente de Epidemiologia e
Emergência da Adepará, Glaucio Galindo, e, entre os representantes do setor
produtivo, o pecuarista Mário Moreira.
Na última segunda feira, 26, a comitiva
brasileira que integrou o governador do estado do Pará, Simão Jatene, o
ministro de Agricultura, Neri Geller entre outros representantes do setor
produtivo do Pará e do Brasil foram recepcionados na Embaixada do Brasil, na
França, pelo embaixador brasileiroe pelo presidente da OIE, Bernard Vallet.
Durante a recepção, comitiva foi informada e parabenizada pelo recebimento da
certificação internacional de livre de febre aftosa com vacinação. A entrega do
certificado acontece amanhã,29 de maio, na sede da OIE.
Em pronunciamento em recepção na
embaixada brasileira, o governador Simão Jatene falou do potencial produtivo do
estado do Pará e da importância da certificação para o Estado, que contribuirá
com a segurança alimentar no mundo e com o credenciamento da oferta de proteína
nobre, seguindo os padrões sanitários e ambientais determinados.
Mário Moreira, representante do setor
pecuarista que integrou a comitiva informou acerca da reunião de trabalho com o
presidente da OIE, Bernard Vallat, que elogiou o trabalho em favor da conquista
sanitária do estado do Pará. Vallat ressaltou a importância em mostrar ao mundo
que o Pará está livre de febre aftosa com vacinação.
“Foi emocionante confirmar a
credibilidade dotrabalho que foi decisivo para a conquista desse reconhecimento
internacional em relação a defesa pecuária no Pará que contou com a participação
e envolvimento dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará),
produtores rurais, representantes de entidades de classe e do esforço do
Governo do Estado”, enfatizou Mário Moreira. “Esse momento marca a história da
defesa agropecuária do Pará”, finalizouMário.
Histórico - A busca pela
mudança de status sanitário passou pela determinação de investimentos tanto do
governo do estado do Pará, como do governo federal em torno das ações de defesa
agropecuária e, de outro lado, pela conscientização dos pecuaristas do Pará.
Juntos, produtores e técnicos da defesa agropecuária cumpriram as etapas
exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dessa
forma, os municípios que integram as áreas II e III, Baixo Amazonas e Marajó
tiveram suas propriedades reconhecidas como livre de febre aftosa.
No Pará, apenas os 44 municípios do sul
e sudeste, que fazem parte da área I possuíam o reconhecimento nacional e
internacional como livres de febre aftosa, portanto, somente propriedades
rurais desses municípios podiam comercializar nacionalmente e exportar o gado
para regiões que já possuem a certificação.
Esse cenário começou a
mudar efetivamente em agosto de 2013, ocasião em que se consumou o
reconhecimento nacional de livre de febre aftosa com vacinação por meio do
Ministério da Agricultura aos municípios paraenses que integram as regiões
nordeste, Baixo Amazonas e Marajó. O reconhecimento credenciou o cumprimento da
etapa seguinte que foi a busca pela certificação internacional. A partir de 29
de maio, mais de seis milhões de cabeças do Pará, localizadas em propriedades
das regiões que estão recebendo a certificação internacional,(áreas II, III e
Marajó) poderão ser comercializadas entre os estados brasileiros e estarão
credenciadas ao mercado internacional.
Para Mário Moreira acertificação
atestada por 187 países signatários da OIE, proporciona um futuro ainda mais
promissor para o agronegócio e para a economia paraense.
“O reconhecimento é consequência
do resultado do trabalho executado pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará,
que buscou a mudança sanitária com o cumprimento de mais de 38 itens de
exigências, entre os quais, a realização de inquéritos sorológicos; serviço
veterinário de qualidade; vacinação com níveis de participação superior a 98% ;
implantação de GTA (Guia de Trânsito Animal) eletrônica e online, implantação
do PCCR - Plano de Carreira, Cargos e Remuneração da Adepará e demais melhorias
na logística de trabalho e investimentos nas ações de defesa da saúde animal”,
informou Mário Moreira.
Para Sálvio Freire, atual gestor da
Adepará, a certificação abrirá as portas do mercado para comercialização
nacional e internacional do rebanho paraense, seus produtos e subprodutos ,as
regiões nordeste e oeste do Pará e no Marajó.
SegundoSálvio, o Pará será referência como
fornecedor de produtos com qualidade.Com a certificação internacional a ser
conferida pela OIE, o gado paraense e dos demais estados do nordeste brasileiro
vão se igualar sanitariamente e economicamente aos bovinos dos estados de Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
“Vamos ter mais oportunidades de negócios e
mais clientes para o mercado paraense, que passará a ter uma carne mais
valorizada e a matéria prima, que é o boi, mais credenciada!", declarou o
diretor geral da Adepará.
Números - Os dados da Adepará de 2013 confirmam que o efetivo bovino do Estado,
que reúne as áreas I, II, e III e mais a Ilha do Marajó, já superou os 21
milhões de cabeças. A cada ano, a participação brasileira no comércio
internacional vem crescendo. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2020 a
expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado
mundial.
A bovinocultura é um dos principais destaques
do agronegócio brasileiro no cenário mundial. Conforme o Ministério da Agricultura,
o Brasil é donodo segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200
milhões de cabeças, e desde 2004 assumiu a liderança das exportações com um
quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180
países.
O rebanho bovino brasileiro
proporciona o desenvolvimento de dois segmentos lucrativos, as cadeias
produtivas da carne e leite. O valor bruto da produção desses dois segmentos,
estimado em R$ 67 bilhões, aliado à presença da atividade em todos os estados
brasileiros, evidenciam a importância econômica e social da bovinocultura em
nosso país.
O clima tropical e a extensão
territorial do Brasil contribuem para esse resultado, uma vez que permitem a
criação da maioria do gado em pastagens. Além disso, o investimento em tecnologia
e capacitação profissional; o desenvolvimento de políticas públicas, que
permitem que o animal seja rastreado do seu nascimento até o abate; e o
controle da sanidade animal e segurança alimentar contribuíram para que o País
atendesse às exigências de mercados rigorosos e conquistasse espaço no cenário
mundial.
Christina Hayne- Ascom/ Adepará
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