quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Dilma aposta na recuperação da Petrobras 'sem grandes consequências'

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (25) que o rebaixamento da nota da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody's demonstra desinformação sobre a empresa. “É uma falta de conhecimento do que está acontecendo na Petrobras. Agora, não tenho dúvida de que é uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso, sem grandes consequências”, disse a presidenta em entrevista coletiva, após participar de cerimônia de entrega de 920 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana (BA). Ela também disse que a fase 3 do programa habitacional do governo federal, que deverá contemplar 3 milhões de residências, será lançado em março. Segundo ela, até o momento já foram contratadas 3,6 milhões de moradias por meio do programa.
Moody's rebaixou a nota da Petrobras da BAA3 para BA2 – com isso, a estatal perde o grau de investimento e passa para o grau especulativo. Isso indica ao mercado que investir na petrolífera brasileira passou a ser uma operação de risco. Dilma confirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentou evitar o rebaixamento. “O governo sempre vai tentar evitar o rebaixamento, isso é absolutamente natural, lamentamos que não tenha tido correspondência por parte da agência, mas acho que isso está superado”, acrescentou.
A presidenta também descartou que o governo planeje um novo aumento do preço dos combustíveis. "Passamos 2013 e 2104 sob um conjunto de críticas dizendo que governo e a Petrobras tinham que elevar preço. Não elevamos, passamos todo o período de US$ 100 a US$ 120 o barril sem mexer significativamente nos preços. E agora também não mexemos. O que fizemos foi recompor a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e não elevamos uma vírgula o preço nem abaixamos. A política sempre é melhor quando ela é estável, o que não é possível é submeter o país à política dos preços do petróleo."
A fala da presidenta está ligada a uma reivindicação dos caminhoneiros do país que realizaram bloqueios em rodovias de vários estados contra a elevação do preço do óleo diesel.
Dilma explicou ainda que mesmo que os preços voltem a subir, que o governo não pretende repassar isso ao consumidor. Disse também, que neste cenário, não é possível baixar o preço do diesel.
Sobre o programa habitacional, a presidenta garantiu a continuidade: "O Minha Casa, Minha Vida vai continuar. Ele é talvez um dos maiores programas habitacionais do mundo. Muitas vezes aparece notícias nos jornais: tem um defeito aqui, tem outro defeito ali. Todo programa social precisa de correção, sempre e sistematicamente", disse.
Com informações da Agência Brasil e do Brasil 247

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