quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A publicidade, o consumo a criança
Por Bruno Miranda, estudante, Castanhal, PA
Diz-se que existem três poderes: o Legislativo, o Judiciário e o Executivo. Mas, na verdade, há um quarto poder: a mídia, cuja grande habilidade é a de influenciar. E, no mundo atual, a maior expressão da mídia é a televisão, mantida a partir da publicidade e da propaganda, que buscam, acima de tudo, vender produtos, opiniões e estilos de vida. Essa publicidade e essa propaganda são, muitas vezes, abusivas, feitas para atingir os mais vulneráveis à manipulação: as crianças. Dessa forma, empresas associam seus produtos a brindes, embalagens atrativas e personagens queridos pelo público infantil para conseguirem, predatoriamente, vender.
Além disso, os produtos oferecidos geralmente não só são de baixa qualidade como são prejudiciais às crianças e geram problemas, como o consumismo e a obesidade infantil, sendo que este último problema já atinge aproximadamente um terço das crianças brasileiras.
Infelizmente, os produtos alimentícios veiculados na televisão brasileira hoje são, em sua grande maioria, gorduras, óleos e doces, ou seja, produtos de baixo valor nutritivo. E, de acordo com pesquisas, bastam 30 segundos para uma criança ser persuadida por um comercial de alimentos. Dessa forma, não coincidentemente, tem havido um crescente aumento da obesidade infantil e, de modo geral, do consumismo. Esses problemas não são endêmicos do Brasil, mas sim, um fenômeno global. Por isso, em países como Bélgica, Dinamarca e Suécia a publicidade infantil é proibida. Logo, faz-se necessária a ação dos pais e professores, em conjunto com o Estado brasileiro, para, além de incentivar a atividade física e a boa alimentação, regular as propagandas veiculadas ao público infantil, restringindo qualquer abuso midiático. Afinal, criança boa é criança saudável e livre do consumismo.

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