BAÚ DA HISTÓRIA DE XINGUARA
Artigo de: ISMAEL VIEIRA
BORBA
Em meados do
mês de dezembro último, em Água Azul do Norte, de uma forma morreu
Policarpo. Morando sozinho num cômodo da
Avenida Lagoa Azul, encontraram-no morto de manhã. Uns, dizem que foi assalto – Recebera,
naquele dia, como gato, uma boa quantia da prefeitura de Água Azul – Outros,
mais enfáticos, afirmam de AVC, (derrame cerebral). Como, em tantas outras mortes, não houve uma
averiguação.
Mas o fato é
que Policarpo tem muito haver com a história de Xinguara. Vindo com a Comissão
Brasil, (capitão), depois da volta dela para Belém, ficou como o homem forte
naqueles tempos bicudos de começo de Xinguara, quando as quadras eram,
topograficamente, medidas e os lotes doados. Numa terra sem lei, de aventura
selvagem, destemido, valente, bravo, muitos assassinados, mandou como nunca. Teve o seu papel relevante, porque Xinguara,
apesar dos pesares, se houve abuso, exceto uma situação, ou outra, o loteamento
de então fora muito bem repartido. E não se houve história de quem alguém se
aposseasse de uma área maior, que tivesse direito.
A morte de
Policarpo não fora reverenciada pelos Xinguarenses. Não se ouviu nenhuma manifestação de pesar,
uma nota na impressa regional, blogs, nada. Morreu quase como um indigente.
Xinguara não dá a mínima para os seus pioneiros; aqueles, que vieram na cara e
na coragem e fizeram a cidade o que é hoje, amassando a floresta indômita,
desbravando aregião, povoando o lugar. Não tem um museu, nem um mural, que
possa relatar aos jovens, que pouco sabem da sua história, o quanto foi
difícil, penoso e perigoso - Assassinatos, aqui, aconteciam, aos montes - fundar, povoar e emancipar Xinguara.
PEDRO MOTA
Num rápido
mergulho em sua história, contaremos duas novidades.
Quem deu
nome à Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Mota? Professor Lázaro Borba.
Diretor da escola sede Dom Luiz Palha, um ofício da SEDUC exigiu o nome rápido,
porque a escola seria inaugurada, com a presença do governador, véspera de mais
uma eleição, Lázaro lembrou do Pedro
Mota, que morrido de pouco, guarda da Escola Jader Barbalho, humilde, pessoa
boa, simples, tinha um grupo de carimbó,
que se apresentava gratuitamente nas solenidades e festas Xinguarenses. Justa
homenagem é claro! Mas só lamento o costume das autoridades da cidade de apenas
homenagear os seus entes que se destacam depois de morto. Em vida, apesar de
seu trabalho relevante no sentido de elevar a cultura de Xinguara, Pedro Mota
não tinha apoio nenhum e vivia com muitas dificuldades.
NOMES DE RUA
Por que as
ruas de Xinguara, pelo menos, as mais antigas, têm nomes pomposos, sugestivos,
maioria, poetas, bons escritores, pessoas importantes? Rua Gonçalves Dias,
Lauro Sodré, Borba Gato, Vinicius de Moras... Pr. Erisval de Moura foi o segundo
sub - prefeito de Xinguara, indicado por Oliveirão, que era braço direito de
Giovani Queiroz, prefeito de Conceição do Araguaia - Ambos, vieram de São Miguel
do Araguaia/Go., e eram amigos, lá - , o primeiro proprietário do Colégio
Castro Alves, que funcionava na Rua Vinicius de Morais, num prédio de tábuas do
Rubão. Foi ele quem demarcou o setor Chácaras e deu nome às avenidas, ruas e
praças de Xinguara. O homem mais inteligente, que já pisou em Xinguara,
candidata a prefeito derrotado na primeira eleição do município, em 1982,
quando chamado pelo vitorioso Itamar Mendonça para ser o seu secretário de
educação, apenas respondeu: - Não trabalho com prefeito analfabeto - E foi-se,
pegando o corredor. Hoje, é juiz de direito numa comarca no interior de Goiás.
Por falar nele, se foi o homem mais inteligente que pisou em Xinguara; a sua
esposa, Lusmarina, foi a mulher mais bonita e graciosa, que aqui morou, solteira, ou casada.
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