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Müller D’Oliveira faz avaliação de previsibilidade politica para eleições de
2012.
Publicitário Müller D'Oliveira. |
A última eleição para governador do Pará serviu
para ratificar a tese da previsibilidade das disputas eleitorais, que muitos
ainda teimam em não aceitar. A alta rejeição da governadora derrotada Ana Júlia
Carepa (PT) e a avaliação negativa de governo fizeram com que ela não
ultrapassasse os 50% mais um dos votos, necessários para ser escolhida de forma
soberana como governadora.
Fora o fato de Ana Júlia ter
um governo não muito bem avaliado, pesava ainda o fato de ela ter assumido o
governo pela metade, quando foi barganhado todo o poder com partidos como é o
caso do PMDB, o que certamente não a ajudou, pois o eleitorado não tinha
conseguido estabelecer uma identidade clara daquele mandato. A estratégia
retórica não colou.
O potencial de crescimento de
Ana também era pequeno, já que sua popularidade não era muito grande, ou seja,
não tinha para onde crescer. É muito simples, se Ana Júlia é conhecida por quase
100% do eleitorado e ainda tem uma rejeição alta, obviamente que ela não terá
novos segmentos eleitorais para crescer. Ao contrário do governador eleito Simão
Jatene, que é completamente conhecido por todo o Pará e conseguiu conquistar
eleitores da camada de colisão.
E mesmo que Ana Júlia tentasse
crescer nos nichos eleitorais que a rejeitava, ainda não teria muito êxito, para
diminuir a rejeição, é a pior e mais difícil tarefa para a equipe de
publicidade e marketing político. Vide o resultado eleitoral de Belém, capital
do estado que Ana é mais rejeitada.
E se as eleições são
previsíveis, posso aqui fazer algumas previsões sobre Xinguara. Levando em
consideração a avaliação positiva de governo dos dois mandatos e a conjuntura
que se desenha para 2012, tenho certeza que Davi Passos (PT), irá optar pela
continuidade administrativa popular, elegendo seu sucessor, que figurará
brevemente de o melhor nome dos cinco pré-candidatos apontados por Davi.
Reforçando a tese da
previsibilidade, temos a eleição de Dilma Rousseff como exemplo. Lula, com uma
aprovação recorde e um governo muito bem avaliado, conseguiu eleger um poste
para sucedê-lo; uma completa desconhecida de grande parte do eleitorado. Dilma
começou a pré-campanha com menos de 4% dos votos e acabou ultrapassando o “favorito”
Serra antes do início da propaganda eleitoral na TV.
Ponto interessante de
vinculação de imagem foi o recente plebiscito Carajás/Tapajós. Onde Simão
Jatene utilizou de sua imagem como governo e fez opressão a alguns
administradores e ao povo pela continuidade de um Pará Unido. A mídia nacional
contratada não conseguiu vender a divisão para os paraenses.
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