Combate ao desmatamento
ilegal passa pela perda de capitais de fazendeiros
Por Michelle Moreira, da Radioagência Nacional
https://www.ecodebate.com.br/
As vantagens econômicas de quem desmata
ilegalmente são maiores do que o risco de uma possível punição aos
desmatadores. Esta é a conclusão do estudo do pesquisador e analista ambiental
Jair Schimitt, da Universidade de Brasília (UnB) .
A pesquisa – apresentada em tese de pós-graduação – avalia o efeito das
punições administrativas aplicadas pelo Ibama para coibir o desmatamento na
Amazônia.
O pesquisador explica que para combater a atividade ilegal é necessária
a atuação dos órgãos de governo em várias frentes. Ele destaca a necessidade,
por exemplo de fazer com que produtores que plantam em área ilegal sentirem no
bolsa a perda de dinheiro.
“A soja que tava plantada em uma área, você apreender, retirar esses
produtos, eles são essenciais para que o infrator sinta de imediato que ele
teve perda de capitais, de ativos”, afirmou o pesquisador.
Jair Schimitt também é servidor do Ibama e diz que muitas de suas
propostas já vem sendo aplicadas dentro da instituição. É o caso da punição de
toda a cadeia produtiva envolvida no desmatamento, como frigoríficos e bancos
que financiam os produtores ilegais.
Outra proposta que pode virar realidade é a conversão do valor das
multas de desmatamento ilegal para projetos de conservação ambiental.
O projeto está em análise no Ministério do Meio Ambiente. Atualmente,
esse valor é revertido aos cofres da União, sem destinação específica.
A pesquisa recebeu o Prêmio Capes de Tese 2016 na área de Ciências
Ambientais, que reconheceu os melhores trabalhos de doutorado do país, além de
ser premiada na segunda edição do Prêmio UnB de Teses e Dissertações.
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