SESPA - tranquiliza população sobre a febre amarela
no Pará
A Secretaria de Estado de Saúde
(Sespa) informa que não foram registrados casos de febre amarela no Estado em
2017 e descarta qualquer situação alarmante, como vem ocorrendo em Minas Gerais
(MG). Logo, não há mortes a serem apuradas e tampouco pessoas internadas com
sintomas da doença. Só no ano passado, 71.195 pessoas foram vacinadas no Pará
contra a doença. Em 2015, o quantitativo foi de 80.230 imunizados. Dos 144
municípios paraenses, 129 estão indicados pelo Ministério da Saúde (MS) para
vacinação contra a febre amarela.
Segundo levantamento técnico do Grupo de Trabalho de Zoonoses,
da Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa, entre 2010 e 2016 foram
confirmados cinco casos de febre amarela no Pará, sendo que três evoluíram para
óbito e nenhum dos cinco pacientes, todos homens e com 18 anos em média, estava
com o calendário de vacina em dia. Os registros foram dos municípios de
Breves e em Tailândia, ambos com óbito em 2010; Acará em 2013, Monte Alegre em
2014, Afuá em 2015 e em Gurupá, no ano passado, com morte.
A título de recomendação, a Sespa orienta o mesmo que o
Ministério da Saúde (MS) vem estimulando em todos os Estados: a de que toda
pessoa que reside ou vai viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata, que
são áreas com recomendação da vacina contra febre amarela, deve se
imunizar. Isso ocorre porque a transmissão da febre amarela é tida como
possível na maioria das regiões do Brasil entre dezembro e maio.
Sendo assim, a vacina contra a febre amarela é
ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e, no Pará,
pode ser encontrada em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), que é mantida
pelas prefeituras. As doses podem ser aplicadas a partir dos nove meses de
idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses
de idade, em situações de surto da doença.
Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que
apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No
entanto e devido ao atual cenário em Minas Gerais, o MS definiu a manutenção de
duas doses da vacina no calendário oficial, sendo uma dose aos noves meses de
idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação
é de duas doses.
As vacinas não são recomendadas para grávidas, crianças com menos
de seis meses, alérgicos a ovos e pessoas que vivem em áreas sem registro do
vírus. Nos casos de pessoas com mais de 60 anos e pacientes com
imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação
médica.
Ainda segundo o Departamento de Informática do SUS (DataSUS),
mediante nota técnica da Sespa, a cobertura vacinal contra febre amarela em
menores de 1 ano no Pará em 2010 se manteve dentro do padrão recomendado pelo
Programa Nacional de Imunização (PNI), que é de 100%. Contudo, nos anos
seguintes, observou-se uma redução dos percentuais de alcance, chegando a 87%
em 2016. Para que esse parâmetro volte a ser ideal, a Sespa recomenda que os
municípios se empenhem mais em estimular a população a se vacinar contra a
doença.
Sintomas
Os efeitos da febre amarela sobre o corpo incluem febre,
calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e
vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode
desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do
branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de
múltiplos órgãos.
Tão logo surgindo esses sintomas, a Sespa recomenda que a pessoa
procure especialista médico na Unidade de saúde mais próxima e informar sobre
qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos
sintomas.
Segundo informações da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
do MS, o vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo
silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros
animais) e mosquitos silvestres. Há 17 anos, os órgãos de saúde pública
realizam a vigilância de epizootias (doenças que atacam animais) desde 1999,
com o objetivo de antecipar a ocorrência da doença por meio da vacinação das
pessoas como forma de evitar urbanização da doença. (Com informações do
Ministério da Saúde).
Municípios
paraenses com recomendação para vacinação contra febre amarela
Abaetetuba, Abel Figueiredo, Acará, Afuá, Água Azul do Norte,
Alenquer, Almeirim, Altamira, Anajás, Ananindeua, Anapu, Augusto Corrêa, Aurora
do Pará, Bagre, Baião, Bannach, Barcarena, Belém, Belterra, Benevides, Bom
Jesus do Tocantins, Bonito, Bragança, Brasil Novo, Brejo Grande do Araguaia,
Breu Branco, Breves, Cachoeira do Arari, Cachoeira do Piriá, Canaã dos Carajás,
Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Chaves, Colares, Conceição do Araguaia,
Concórdia do Pará, Cumaru do Norte, Curionópolis, Curralinho, Curuá, Curuçá,
Dom Eliseu, Eldorado dos Carajás, Faro, Floresta do Araguaia, Garrafão do
Norte, Goianésia do Pará, Gurupá, Igarapé-Açu, Igarapé-Miri, Ipixuna do Pará,
Irituia, Itaituba, Itupiranga, Jacundá, Juruti, Limoeiro do Ajuru, Magalhães
Barata, Marabá, Marapanim, Marituba, Medicilândia, Melgaço, Mocajuba, Moju,
Monte Alegre, Muaná, Nova Esperança do Piriá, Nova Ipixuna, Nova Timboteua,
Novo Progresso, Novo Repartimento, Óbidos, Oeiras do Pará, Oriximiná, Ourém,
Ourilândia do Norte, Palestina do Pará, Paragominas, Parauapebas, Peixe-Boi,
Piçarra, Placas, Ponta de Pedras, Porto de Moz, Prainha, Primavera, Quatipuru,
Redenção, Rio Maria, Rondon do Pará, Rurópolis, Salinópolis, Salvaterra, Santa
Bárbara do Pará, Santa Cruz do Arari, Santa Izabel do Pará, Santa Luzia do
Pará, Santa Maria das Barreiras, Santa Maria do Pará, Santana do Araguaia,
Santarém, Santarém Novo, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São
Domingos do Araguaia, São Félix do Xingu, São Francisco do Pará, São Geraldo do
Araguaia, São João da Ponta, São João do Araguaia, São Miguel do Guamá, São
Sebastião da Boa Vista, Sapucaia, Soure, Tailândia, Terra Alta, Terra Santa,
Tomé-Açu, Tracuateua, Trairão, Tucumã, Tucuruí, Ulianópolis, Uruará, Viseu,
Vitória do Xingu e Xinguara.
Confira
no link ainda as salas de vacinação disponíveis em Belém e nos distritos:
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