O Brasil chegou a 58,3 milhões de pessoas inadimplentes
Por Metro Jornal http://www.metrojornal.com.br/
O Brasil chegou a 58,3 milhões de pessoas inadimplentes em
dezembro de 2016, ou 39% da população adulta do país. No ano, 700 mil pessoas
ingressaram na lista de negativados, segundo dados do SPC Brasil.
Apesar
de expressivo, o número mostra uma desaceleração da taxa de crescimento da
inadimplência. De janeiro a dezembro de 2015, o aumento de consumidores
negativados foi de 2,5 milhões.
Segundo
o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, essa desaceleração pode ser
explicada pelo cenário de recessão da economia, que reduziu a capacidade de
pagamento das famílias e também restringiu a tomada de crédito. “Isso quer dizer
que o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se
endividar, não pode ficar inadimplente”, diz.
Entre
novembro e dezembro, o número de devedores apresentou um recuo de 0,41%.
Segundo o SPC Brasil, o movimento é típico da época, que concentra o pagamento
de direitos como o décimo terceiro. A entrada desse recurso é uma oportunidade
para o consumidor com dívidas quitar seus débitos.
Já na
comparação entre 2016 e o ano anterior, o indicador de inadimplência
avançou 1,44%, a menor variação para um ano desde o início da série histórica.
Em 2015, o crescimento havia sido de 4,24%.
Número de dívidas
A
pesquisa também mostra que o volume médio de dívidas em nome de pessoas físicas
caiu 2,24%, passando de 2,1 em dezembro de 2015 para 2,0 em igual mês de 2016.
O setor
de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por
assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas, de 17,77%. Já a maior
alta foi registrada em água e luz, de 13,62% na comparação anual.
Os atrasos
no comércio apresentaram uma retração de 3,90%, e as dívidas bancárias, que
contemplam atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros,
cresceram 0,78%.
Em
termos de participação, os bancos concentram a maior parte das dívidas do país:
48,26%. Em seguida, aparecem o comércio, com 20,04% desse total; o setor de
comunicação (13,07%) e o de água e luz, concentrando 8,55% do total de
pendências.
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