Saiba como
Zuckerberg pretende conectar o mundo inteiro
Por Redação Olhar
Digital - em 17/09/2013
Mark Zuckerberg não quer ser apenas o jovem
bilionário por trás do Facebook. Ele está engajado na missão de levar internet
ao mundo todo ou, mais precisamente, aos quase cinco bilhões de pessoas que
ainda hoje estão desconectadas -- por incrível que pareça.
Por isso ele é um dos fundadores da Internet.Org, um consórcio
que reúne diversas gigantes da tecnologia – como Nokia, Opera, Qualcomm,
Samsung – com o objetivo de promover a necessidade do acesso ao digital. Em
entrevista à Wired, Zuckerberg detalhou como pretende tirar o audacioso
projeto do papel.
Para ele, um dos principais passos para que o mundo
inteiro esteja conectado é diminuir o consumo de dados, facilitando a vida de
quem não tem condições de bancar os caros planos das operadoras.
O próprio Facebook é um exemplo. “Nós gastamos
muito tempo tentando fazer nossos apps rodarem mais rápido, travar menos e funcionar
com menos bugs. Mas até esse ano não investíamos tanto tempo tentando fazer as
pessoas economizarem dados. Isso não era tão importante para as pessoas que
usam nosso serviço em países desenvolvidos, mas é essencial para o próximo
bilhão de usuários. No começo deste ano, uma pessoa usava em média 12 MB com o
app do Facebook para Android. Nos próximos anos, acredito que diminuiremos esse
índice para 1 MB por dia. E 1 MB ainda é muito para o mundo. Então, tentaremos
baixar para 0,5 MB ou mais”, explica.
Zuckerberg lembra que o "Facebook for Every
Phone", projeto que permite acesso à rede social em aparelhos mais
modestos, já conta com mais de 100 milhões de usuários. “Não é porque os
smartphones ficam mais baratos que as pessoas podem bancar o acesso às redes de
dados”, defende.
No entanto, todos esses esforços para difundir o
ambiente online ainda são apenas parte do processo de evolução. “Não vai ser
num simples estalar de dedos. A Revolução Industrial também não aconteceu em
apenas um ano. Mas você precisa de uma fundação para fazer a mudança
acontecer”, diz.
Apesar do ativismo, o CEO do Facebook não acredita
que doações vão salvar o mundo. “Este problema [da falta de internet] não será
resolvido apenas com altruísmo. Dezenas de bilhões de dólares serão gastos
anualmente para construir tal infraestrutura. Isso é muito para ser sustentado
por filantropia. É necessário um modelo economicamente sustentável”, explica.
O discurso também é uma resposta para os modelos de
negócio por trás dos planos da popularização da internet. Os críticos reduzem
sua proposta a uma mera tentativa de levantar dinheiro, mas Zuckerberg rebate
as acusações. “Essas críticas são meio doidas. O bilhão de pessoas que já está
no Facebook tem mais dinheiro do que o resto do mundo inteiro. Então, se fosse
para ganhar dinheiro, nossa estratégia seria focada apenas em países
desenvolvidos e em pessoas que já estão na nossa rede social”, diz.
Segundo ele, nem a longo prazo o projeto deverá ser
lucrativo para sua empresa. “Estou disposto a fazer este investimento apenas
porque acredito que será bom para o mundo”. E aí? Você acredita que o
bem-intencionado Mark Zuckerberg conseguirá ajudar o resto do planeta a
conquistar acesso à internet? Comente!
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