Como ganhar
dinheiro defendendo a “austeridade”
governo Temer concentra verba publicitária oficial e, em cinco meses, multiplica repasses a grupos Globo, Folha e Abril – os que mais defendem Planalto.
governo Temer concentra verba publicitária oficial e, em cinco meses, multiplica repasses a grupos Globo, Folha e Abril – os que mais defendem Planalto.
Por Pablo Antunes,
no Observatório da Imprensa
Há anos,
cientistas políticos alertam que o pior de um presidencialismo de coalizão é a
pulverização de favores a líderes políticos de diversos partidos em um
troca-troca que envolve ministérios, secretarias e cargos de chefia em estatais
em favor de apoio nas casas parlamentares e no aparelhamento do Estado. A esse
tenebroso cenário se soma uma outra coalizão que em nada respeita o direito do
cidadão à informação e à liberdade de expressão. Desde que assumiu
a presidência da república, interinamente, depois definitivamente, o governo
Michel Temer elevou, sem qualquer constrangimento, as verbas publicitárias para
a grande mídia oligárquica que produz as manchetes que informam e desinformam a
maior parte da população brasileira. Essas empresas são: as Organizações Globo,
as editoras Abril e Caras, os grupos Folha/UOL, Estadão e Band. Inicialmente,
o leitor precisa saber que as verbas publicitárias são umas importantes
ferramentas de qualquer governo para falar com a população. Por meio da
propaganda, o povo é informado de campanhas de vacinação, projetos sociais,
ações educativas, alterações de regras da previdência social, dos prazos para
pagamentos de impostos, entre outros. Portanto, quanto mais municípios forem
abrangidos, maior será a população a receber a mensagem. Contudo, o governo de Michel Temer retoma uma velha prática comum às
administrações de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando a regra era dar
muito a poucos, reproduzindo uma antiga característica que marca a desigualdade
em nossa sociedade. Ao deixar a presidência da república, Fernando
Henrique chefiava um governo que pagava cerca de R$ 2,3 bilhões ao ano a 499
veículos de mídia (redes de TV e rádio, jornais, revistas e outros). Com esse
número de empresas, as verbas publicitárias se concentravam bastante nos cofres
da Globo e da Abril. Enquanto uma parte da sociedade se mobiliza para discutir o
que representa a PEC 241 para a educação pública nas duas décadas seguintes, o
governo Temer paga, com dinheiro público, mais de R$ 3 milhões para o Facebook e mais de R$ 616 mil para o Twitter veicularem propagandas governamentais. Ler mais
em: http://outras-palavras.net/outrasmidias/?p=370925
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